O dia foi comemorado pela primeira vez em 16 de outubro de 1981, quando foi instituído como data comemorativa para relembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), surgida em 1945.
A data existe não apenas para abordar os benefícios de uma alimentação saudável e equilibrada, mas também para nos advertir sobre os problemas da insegurança alimentar em todo o mundo.
Entende-se por segurança alimentar o direito de ter acesso à alimentação saudável, e de qualidade, em quantidade suficiente e de modo permanente. Infelizmente, esta não é a realidade de milhões de pessoas no Brasil e em muitos outros países.
Insegurança alimentar no mundo
Enquanto o desperdício de alimentos é um fenômeno global, do outro lado temos cerca de 2 bilhões de pessoas em situação de insegurança alimentar em todo o mundo.
A insegurança alimentar se refere, na prática, à previsibilidade das próximas refeições, ou seja: se o indivíduo tem alguma certeza se terá acesso ao alimento. Já a fome se caracteriza pela constante falta de acesso à alimentação, uma insegurança alimentar grave. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2018, cerca de 821,6 milhões de pessoas passavam fome.
Apesar da África ser o continente que mais se destaca com altos índices de fome e desnutrição, a América do Sul não fica longe do problema, e apresenta dados alarmantes na região da América Latina e Caribe.
Direito garantido por lei
Segundo a lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, art. 2º, “a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população”.
Em tese, a alimentação é um direito fundamental no Brasil, porém a realidade é bem diferente. De acordo com dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), nos últimos dois anos, a fome no país atingiu mais de 9 milhões de brasileiros.
A fome, que já era um problema no país, foi agravada pela pandemia da COVID-19. Hoje, há 19 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, sendo os estados do Norte e Nordeste os mais afetados.
Iniciativas contra a fome
Por conta deste cenário, muitas iniciativas contra a fome surgiram nos últimos anos com o objetivo de aplacar a insegurança alimentar de famílias, pessoas em situação de rua, entre outros. Muitas das organizações que realizam estes tipos de trabalho contam com doações e ajuda voluntária de pessoas interessadas na causa.
Além de exigir dos órgãos competentes a ajuda necessária para resolver o problema da fome no país, a solidariedade é um dos meios encontrados para suavizar a insegurança alimentar. Por isso, ajude se for possível. Sua doação e seu tempo são valiosos, e podem alimentar muitas pessoas.
Valorize sua alimentação privilegiada
Sendo um recurso que faz falta para tantos ao redor do mundo, nada mais justo que valorizar sua alimentação:
- Escolha os melhores alimentos para sua saúde, evite os processados e ultra-processados;
- Se possível, compre seu alimento de pequenos produtores locais;
- Evite desperdício e reaproveite sobras;
- Visite um nutricionista e invista em mais alimentos naturais.
Celebre o Dia Mundial da Alimentação valorizando seu acesso à uma alimentação de qualidade, sempre se alimentando bem e incentivando políticas públicas de enfrentamento da fome.
Este é um problema de todos!
Fontes:
- https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/fome-avanca-e-atinge-mais-9-milhoes-de-brasileiros-nos-ultimos-dois-anos/