Em janeiro de 2021, teve início a vacinação contra o Coronavírus no Brasil. Embora essa seja a medida mais eficaz para conter o avanço da doença, temos enfrentado alguns desafios para que toda a população receba a vacina o mais rápido possível. O sommelier de vacina Um dos principais obstáculos para o avanço da imunização são os “sommeliers de vacina”. Sommelier é o profissional do ramo gastronômico especialista em recomendar vinhos que harmonizam com certos pratos em restaurantes. O termo foi adotado para descrever o comportamento de quem tem selecionado a vacina devido ao fabricante para evitar efeitos colaterais ou receber a imunização de uma marca que tenha maior nível de eficácia. Esse tipo de atitude é prejudicial à toda a comunidade já que, ao fazer isso, essas pessoas continuam expostas a contração e transmissão do vírus, contribuindo com a sua propagação. Temos vários imunizantes eficientes disponíveis, todos aprovados pela Anvisa, cujo principal objetivo é prevenir hospitalizações e casos graves da doença. Por isso, é importante que, ao chegar o seu dia, seja tomada a vacina que está sendo aplicada no posto. São poucas as chances de as vacinas levarem a problemas sérios de saúde e outros efeitos colaterais. A febre e dor no corpo, que podem aparecer, são normais e esperadas em qualquer um dos imunizantes contra a COVID-19. Não se esqueça da segunda dose! Outro obstáculo para alcançarmos um alto nível de imunização e, consequentemente reduzir o número de internações e óbitos, é o fato de que muitas pessoas não retornam às unidades de saúde para tomar a segunda dose. No dia 7 de julho, segundo o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, esse número era de 3,5 milhões de pessoas, resultando em apenas 13% da população totalmente vacinada. Quem não completa a imunização corre o risco de ter o tempo de ação da vacina reduzido. Além disso, com um índice menor de proteção, há o aumento da circulação do vírus, o que também contribui para o surgimento de novas variantes. Portanto, é essencial tomar a segunda dose na data correta e, caso tenha se atrasado, procurar um posto de vacinação o mais rápido possível. Como está o calendário de vacinação no Rio de Janeiro e no Brasil No Rio de Janeiro, o calendário de vacinação foi adiantado mais uma vez. 70% da população já tomou a primeira dose e 90% dos idosos estão completamente imunizados. A estimativa é de que até o fim de novembro toda a população tenha sido imunizada, e que os idosos a partir de 60 anos, possam receber uma terceira dose da vacina, a partir de outubro, prolongando sua proteção. No restante do Brasil, mais de 40% da população já recebeu a primeira dose e 15% a segunda. O Mato Grosso do Sul é o estado com mais imunizados, seguido pelo Rio Grande do Sul. A previsão é de que toda a população brasileira esteja vacinada até dezembro e seja possível começar 2022 com a imunidade de grupo. Acompanhe o calendário de vacinação da sua cidade. A pandemia do Coronavírus em estatísticas Por mais que a vacinação venha avançando rapidamente, a pandemia da COVID-19 ainda é um grande problema. Desde a chegada do vírus ao Brasil, temos quase 20 milhões de casos e a média atual é de 37.924 novos diagnósticos por dia. Em 21 de julho, registramos o total de 545.690 mortes pela doença e a média móvel de 1170 por dia, o que representa uma queda de 19% em comparação ao mesmo período de junho quando registrávamos 1197 óbitos diários. Por mais que os números de novos casos e mortes estejam em queda, ainda não é o momento de interrompermos as medidas preventivas. Segundo a OMS, já foram identificadas 11 mutações no vírus, sendo quatro delas (Alfa, Beta, Gama e Delta) especialmente preocupantes por serem mais transmissíveis e aumentarem os riscos de quadros mais graves da doença. Um dos maiores receios dos pesquisadores é que, em algum momento, surja alguma variante que não responda ao efeito das vacinas. Embora com eficácia reduzida, os imunizantes disponíveis oferecem proteção contra as variantes surgidas até o momento. A Prevenção contra o Coronavírus continua Apesar das boas notícias, a pandemia ainda não acabou. Para que possamos sair dessa situação, é preciso juntarmos esforços e mantermos os protocolos de segurança para contermos a propagação do vírus. Vamos relembrar como prevenir novas infecções: Use máscaras PFF2/N95: elas filtram 95% das partículas externas; Lave as mãos com água e sabão sempre que tiver contato com o ambiente externo; Na ausência de água e sabão, higienize suas mãos com álcool 70%; Não leve às mãos ao rosto ou à boca; Evite aglomerações, especialmente em lugares fechados; Ao desconfiar que pode ter sido infectado: se isole e faça o teste. É importante lembrar que, além de haver casos assintomáticos, os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e de variante para variante. Eles são febre, tosse, coriza, perda de olfato e paladar, dor de cabeça, diarreia, náusea e vômito, dores musculares e corporais e fadiga. Ao sentir qualquer um desses sintomas, procure atendimento médico. Mantenha todos os cuidados para se proteger e proteger a todos ao seu redor mesmo após a vacinação. Só venceremos essa batalha se trabalharmos juntos!