02/12/2021

Dezembro Laranja: veja os perigos do câncer de pele

O verão se aproxima e, com ele, a época de férias, praias e mais exposição à luz solar. Este período do ano também inspira cuidados essenciais à saúde da nossa pele. Para levar mais informação e alertar a população sobre o câncer de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia fundou a campanha em 2014. O Dezembro Laranja tem como objetivo principal conscientizar a população sobre os riscos que a exposição excessiva à luz solar representa, e de que forma os raios UVA e UVB podem desencadear o câncer de pele. A doença, que atinge cerca de 185 mil brasileiros por ano, é responsável por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil, e apesar de sua baixa letalidade, os médicos alertam para o alto número de casos no país. Analisando o cenário global, o câncer de pele é o câncer com maior incidência no mundo, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem entre 2 milhões e 3 milhões de novos casos por ano. Continue lendo e saiba o que você pode fazer para evitar o câncer de pele! Como o câncer de pele se desenvolve? O câncer se desenvolve a partir da exposição solar excessiva sem a devida proteção. Assim como em outros cânceres, esse processo desencadeia alterações celulares que podem resultar em dois tipos: o melanoma e o não melanoma. O não melanoma surge nas células basais ou escamosas, já o melanoma tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele. Os casos de não melanoma representam 95% do total dos casos de câncer de pele. Conheça os tipos mais comuns de câncer: – Carcinoma basocelular É o tipo que começa na camada mais profunda da epiderme, nas células basais. Ele se desenvolve nas áreas expostas ao sol, principalmente na região do pescoço e cabeça. O crescimento do carcinoma basocelular é lento e raramente se espalha para outras partes do corpo, mas pode ocorrer caso ele não seja tratado. – Carcinoma espinocelular Ele corresponde a cerca de 20% dos cânceres de pele, e tem origem na camada mais superficial da epiderme. Geralmente se desenvolve em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, lábios, pescoço e no dorso da mão. Seu desenvolvimento também pode ser visível no surgimento de cicatrizes ou feridas crônicas da pele em qualquer parte do corpo. O tratamento deste tipo de câncer geralmente é feito com cirurgia, crioterapia, laserterapia, entre outras técnicas. Sintomas do câncer de pele Os sintomas podem ser similares mesmo em tipos diferentes de câncer, e podem variar de caso para caso, confira mudanças que servem de alerta: Manchas pruriginosas que coçam, descamam ou sangram; Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; Feridas que não cicatrizam em até 4 semanas; Lesão rosada ou avermelhada de crescimento lento, mas constante. Ao perceber qualquer um dos sintomas acima, visite imediatamente um dermatologista. Fique atento aos fatores de risco Embora a prevenção do câncer de pele tenha que ser feita por todos, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Isso não significa que pessoas com essas características irão desenvolver o câncer, mas que precisam ter maior precaução. Confira alguns fatores de risco: Sol: pessoas que experimentam exposição prolongada ao sol, sem protetor solar. Pele clara: o risco é maior para pessoas brancas, principalmente loiras e ruivas, do que para pessoas negras. Sexo: homens têm risco 2x maior de ter carcinoma basocelular e 3x maior de ter carcinoma espinocelular que as mulheres. Produtos químicos: pessoas que lidam com arsênico, carvão, parafina, alcatrão e alguns óleos também correm risco maior de desenvolvimento do câncer de pele. Já ter tido câncer de pele: a chance de recorrência é maior. Radioterapia: pessoas submetidas à radioterapia também têm mais chances de desenvolver câncer de pele. Problemas graves de pele: cicatrizes crônicas de queimaduras e doenças da pele também aumentam o risco de desenvolver o câncer do tipo não melanoma. Se prevenir é a melhor saída Algumas atitudes simples podem diminuir muito o risco de câncer de pele. Lembre-se que a exposição aos raios UV precisa ser minimizada, e para isso o filtro solar é indispensável. O fator de proteção precisa ser sempre superior a 30, e a aplicação precisa ser feita a cada 2 horas, enquanto houver exposição ao sol. Outros itens de proteção podem ajudar bloqueando a luz solar, como roupas, bonés, óculos solares com proteção UV, barracas ou guarda-chuvas. O horário de exposição ao sol também dever ser levado em consideração, evite ficar exposto entre 10h e 16h. Listamos mais algumas dicas importantes: Não esqueça da proteção mesmo em dias nublados; Cubra suas tatuagens com filtro solar; Use filtro solar específico para os lábios; Atenção especial para as crianças, a exposição solar na infância pode ser decisiva no surgimento posterior de câncer de pele. O câncer de pele é uma doença de fácil prevenção na maior parte dos casos, cuide da sua pele, principalmente no verão. Também não esqueça de se manter sempre hidratado e visitar o dermatologista regularmente. Assim como em outros tipos de câncer, quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores serão as chances de cura. Em caso de dúvidas, não deixe de consultar um dermatologista! Fontes: https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/pele-nao-melanoma https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/dezembro-laranja-mes-de-conscientizacao-sobre-o-cancer-de-pele/ https://www.sbd.org.br/dezembroLaranja/sobre/ https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-pele https://www.inca.gov.br/noticias/cancer-de-pele-saiba-como-prevenir-diagnosticar-e-tratar