21/09/2018

Que o dia 21 de setembro não caia no esquecimento.

O dia 21 de setembro é o Dia Mundial do Alzheimer, uma oportunidade para sensibilizar a população, as entidades de saúde, bem como os profissionais da área, para essa doença que acomete mais de 1,2 milhão de brasileiros. A Doença de Alzheimer é um tipo de demência degenerativa, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais, que atinge 5% das pessoas com mais de 60 anos.  A doença é incurável, mas pode e deve ser tratada. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família, que deve estar sempre atenta às mudanças de comportamento de seus idosos. As manifestações da doença não costumam ser, de imediato, associadas a sintomas e, por isso, é importante que a família esteja alerta e acione o médico logo que sejam percebidas, pois muitas delas podem ser tratadas, também, do ponto de vista medicamentoso. Apresentamos, abaixo, uma relação de alterações comportamentais e dicas para lidar com elas, retiradas do site da Associação Brasileira de Alzheimer. Insônia É comum que o paciente com Doença de Alzheimer apresente dificuldades para dormir, invertendo o dia pela noite. Isso causa um desgaste enorme ao cuidador, principalmente porque o paciente demanda atenção e acompanhamento quando está desperto. Por isso, é importante que o ciclo de sono do paciente seja sincronizado com o do cuidador, a fim de evitar desgaste para ambos. Dicas: Procure deixar o ambiente do quarto o mais repousante possível (silencioso e com pouca luz). Certifique-se que a cama e as roupas usadas pelo paciente para dormir sejam as mais confortáveis, para que ele não se sinta apertado e não passe frio ou calor. Tente evitar que o paciente durma durante o dia, envolvendo-o em atividades agradáveis que afastem o sono. Procure motivá-lo a caminhar e fazer outras atividades físicas durante o dia. Delírios – Persecutoriedade Fazer uma interpretação irreal da realidade é uma das manifestações bastante comuns nos pacientes com demência. Como a pessoa perde grande parte das informações, tende a buscar explicações ou a desconfiar do que lhe dizem, visto que não lembra dos acontecimentos. O delírio mais comum nesses pacientes é o delírio persecutório que acontece quando a pessoa sente que está sendo enganada ou perseguida e que alguém quer lhe fazer mal. Outra possibilidade comum é o delírio de ciúmes que pode acontecer até entre familiares. Dicas: Tente explicar o que está acontecendo e que ninguém quer fazer mal ao paciente. Dê parâmetros de realidade explicitando fatos. É fundamental que o médico seja informado para poder avaliar a possibilidade de controle medicamentoso do sintoma. Mantenha postura calma e voz tranquila e, se nada parecer funcionar, tente distrair o paciente com assunto ou atividade agradável e de seu interesse. Alucinações É relativamente comum nas fases avançadas da Doença de Alzheimer a ocorrência de alucinações, ou seja, alterações na percepção sensorial do paciente. Em outras palavras, o paciente pode ouvir e ver pessoas, objetos, animais e coisas que não existem. Dicas: Não discuta com o paciente sobre a veracidade do que ele está vendo ou ouvindo. Tente identificar se há um fator desencadeante da alucinação. Ela pode estar no ambiente, como um objeto de decoração em uma sala mal iluminada ou uma planta que balança com o vento e produz sombra. Quando o paciente mostrar medo, conforte-o com voz calma e segure sua mão para transmitir-lhe segurança. Assim que ele se acalmar, chame sua atenção para algo real no ambiente, preferencialmente envolvendo um tema de sua predileção. Comunique ao médico. É possível que algum medicamento esteja contribuindo para o problema ou que algum medicamento possa contribuir para a diminuição desse sintoma. Sexualidade exacerbada Alterações de comportamento com exacerbação de sexualidade podem acontecer e são sintomas da doença. Em geral, são sintomas que expõe o paciente e os cuidadores à situações de constrangimento e consequente estresse. Dicas: Procurar o médico ou o psicólogo para identificação do problema e busca de soluções. Evitar ocasiões que possam favorecer a estimulação sexual, com especial cuidado nas situações que envolvem a higiene do paciente. Colocar limites claros diante do exagero. Perambulação Quando o paciente com Doença de Alzheimer anda muito ou caminha sem rumo aparente, mostrando-se muito agitado, pode se tratar de uma alteração de comportamento. Pode caminhar dentro de casa, mas, às vezes, sai de casa desacompanhado e pode se perder. É essencial garantir a segurança do paciente em todos os momentos. Dicas:   · Verifique se a casa está segura (tapetes, escadas, piscina) e se o paciente está usando calçados adequados, visando a evitar quedas. Dificulte a saída do paciente sozinho da casa, por exemplo, instalando guizos na porta ou no portão e escondendo as chaves de casa. Coloque no vestuário do paciente etiquetas internas ou cartões com sua identificação: nome, endereço e número de telefone. Tenha fotos recentes do paciente, para o caso de precisar procurá-lo com a ajuda de desconhecidos. Fonte: abraz.org.br